julho 28, 2008

IRINA PALM

Saí para ir ao cinema e, para minha surpresa, estava fechado, ou melhor não abre dia de segunda feira. Não lembro de que funcione assim em outra cidade. Mas aqui em Fortaleza, pelo menos no Multiplex/Unibanco, não tem cinema na segunda. Amanhã tenho compromisso inadiável, com desbobramentos, convalescença, etc.
O jeito é esperar para assistir em DVD... Logo eu que gosto tanto do escurinho do cinema, mesmo sem drops de anis...
O que dizem sobre o filme:
"Pelo visto, Marianne Faithfull jamais cessará sua auto-reinvenção. Desde a década de 1960, a cantora e compositora choca, influencia e se faz notar, seja pela música, ou pelo cinema. Seu mais novo trabalho, o filme Irina Palm (2007), produção européia que ela protagoniza, a mostra por um ângulo inusitado, o de idosa. Sim, a porra-louca agora é uma vovó.
Faithfull, aos 60 anos, está perfeita no papel de Maggie, uma senhora desesperada para ajudar o filho único a cuidar do neto doente. O menino tem uma saúde que se deteriora dia a dia e sua lenta convalescença arrasou as finanças da família. O início tem toda a pinta de melodrama choroso, mas como tudo que envolve a artista, logo revela suas verdadeiras cores. Idosa, sim, mas ainda muito viva.
Depois de ter seu último pedido de empréstimo negado, Maggie decide procurar um emprego. Mas o mercado de trabalho londrino fecha suas portas aos idosos... até que ela, inadvertidamente, entra numa boate de strip-tease e outros prazeres adultos no bairro do Soho. Seu trabalho? Masturbar homens através de um buraco na parede.
A partir daí o rumo do filme se transforma. Deixa de ser a história de um menino doente para tornar-se a história da própria Maggie, uma mulher que descobre depois dos 60 anos de idade sua vocação, sua própria força e vê todos os seus sentimentos rejuvenescidos. Extremamente feliz em suas escolhas, o diretor e co-roteirista Sam Garbarski não força em momento algum essa mudança. Não há cenas edificantes, música subindo, glamourização desnecessária ou metáforas de crescimento. Ele repousa a qualidade de seu filme no talento da atriz.
Bem menos interessante é a trilha sonora. Os monótonos arranjos de guitarra de Ghinzu cansam logo nos primeiros minutos - e a boate ter uma música só também não ajuda nem um pouco. Uma ou outra falha também surgem no roteiro, como o comportamento bizarro de Maggie ante suas amigas, mas são todas perdoáveis. O que interessa no equilibrado e comovente filme é o desenvolvimento da personagem e sua adaptação à nova realidade. O humor sutil e o romance que surgem disso também trazem um frescor interessante ao gênero "peixes fora d´agua na indústria do sexo" de outros filmes britânicos como Garotas do Calendário e Ou Tudo ou Nada".
Erico Borgo

Um comentário:

Anônimo disse...

Ja assisti por aqui e é imperdivel, otimo mesmo.
Bia