julho 29, 2008

A propósito de Cafés


No início do século XVIII , em Paris já existiam 600 cafés.
Editores forneciam os endereços dos cafés que freqüentavam para receber correspondência, negociantes faziam deles seus escritórios e escritores neles se instalavam para escrever, envoltos em fumaça, tilintar de xícaras e burburinho de conversas .
Para Montesquieu , os cafés “ eram perigosos para o futuro do país”.
Não era exagero. As discussões liberais que culminaram com a Queda da Bastilha aconteceram num café , o PROCOPE .
Anos depois, no mesmo Café Procope “deslizaram as penas” de Victor Hugo e Balzac que era conhecido por escrever cerca de quinze horas por dia, impulsionado por uma infinidade de xícaras de café. O Café Procope é um ambiente requintado que inovou ao proporcionar às mulheres a possibilidade de freqüentá-lo e por afixar notícias diárias que contribuíram para que fosse eleito o preferido da intelectualidade francesa e se tornasse o primeiro café literário do país. (mesa em que Voltaire trabalhava)
Molière, Voltaire e Rousseau eram freqüentadores . Dizem que Benjamin Franklin trabalhou ali na redação da declaração de independência dos EUA. Os parisienses mantiveram com o passar dos séculos o hábito de fazer dos cafés uma extensão de suas casas ...
Ficar "vendo a vida passar" em um deles não tem preço!!!

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