julho 27, 2008

CAFETERIAS e seus geniais frequentadores

As primeiras cafeterias surgiram no Oriente Médio e posteriormente se espalharam pela Europa . Desde que abriram as portas tornaram-se ponto de encontro de intelectuais , escritores e artistas, que durante longas tardes, se reuniam para discutir assuntos políticos, ler livros, declamar poemas ou simplesmente ver o tempo passar.Hoje, apesar do aparecimento das grandes cadeias internacionais, muitos ainda preservam o charme do passado.


A rivalidade entre o café Lês Deux Magots e o Café de Flore em Paris é quase tão conhecida quanto seus célebres fregueses. Enquanto Simone de Beauvoir e Picasso freqüentavam o Flore, Sartre e Hemingway preferiam o Deux Magots .
Frente a frente no Boulevard Saint Germain , os dois cafés são paradas obrigatórias para quem passeia pelo descolado Saint –German –des-Pres, principalmente na primavera e no verão, quando as mesas da varanda são disputadas a tapa.

Desde 1902 o Café Louvre faz parte do cenário cultural de Praga. Foi freqüentado por Franz Kafka e Albert Einstein no período em que foi professor na cidade. Além de diversos tipos de cafés, jornais internacionais estão disponíveis para os fregueses todas as manhãs. No salão anexo ficam mesas de bilhar. Gentileza não colocar as xícaras de café sobre elas.

O Café Tortoni o mais antigo café literário de Buenos Aires, inaugurado em 1858, é o orgulho dos portenhos . Suas paredes contam um pouco da história da cidade. Durante muito tempo foi freqüentado por escritores e artistas , entre eles Carlos Gardel . A penúltima mesa da parede direita de quem entra era a preferida de Jorge Luis Borges.
O Café Gijon de Madri se intitula “Gran Café da la historia de Espana”. E não se trata de nenhum ataque de soberba. Por mais de um século, a casa foi reduto de artistas e intelectuais e recebeu a visita de nomes consagrados da literatura espanhola, como Frederico Lorca. Ainda hoje a cafeteria atrai escritores e jornalistas.

Quem chega ao café A Brasileira , em Lisboa, é recebida por seus mais ilustre freqüentador : Fernando Pessoa. Sua estátua de bronze dá as boas vindas àqueles que vêm tomar uma “bica”, no legítimo local onde o termo nasceu.. Nas paredes telas de pintores portugueses dividem espaço com dezenas de espelhos . Do lado direito o balcão e no lado oposto as mesas de tampo de mármore onde se reuniam artistas e pensadores lusitanos.

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