Em decorrência do envelhecimento da população, problemas impensados estão surgindo. Há histórias diferentes em cada família. Na maioria delas, ao contrário de um adolescente que descobriu a liberdade, os idosos perdem a deles.
Ultimamente, formas alternativas de vida na velhice têm sido tema de filmes. Os britânicos apresentaram Judi Dench, Maggie Smith e mais um elenco de primeira no delicioso The Best Exotic Marigold.
Um pouco mais pragmático, mas não menos encantador, Et si on vivait tous ensemble? esta comédia agridoce que vem da França. Desconcertante(a onipresença da morte dá ao filme uma textura perturbadora), às vezes surpreendente, traz Jane Fonda, inteirissima, pela primeira vez, depois de 1972 ( Tout va bien - Godard), num filme de língua francesa.
Na comemoração de seus 75 anos Claude revela aos seus velhos amigos , Annie, Jean, Jeanne e Albert, que seu filho pretende colocá-lo em um lar de idosos contra a sua vontade. Apesar dos problemas de seu coração, ele ainda é muito ativo – inclusive sexualmente - e sente-se determinado a levar a sua vida como lhe aprouver.
Jeanne recebe (e destrói) o resultado de um exame, sem nada dizer a ninguém, muito menos ao seu marido Albert que está atingido por uma incipiente demência. Assim, ela prepara secretamente o seu funeral, que pretende seja algo sereno e alegre.
Preocupa-se com o destino de Albert, depois de sua morte, ao constatar que ele começa a perder um pouco de memória e a noção do tempo.
O casal Annie e Jean, em sua bela e confortável casa nos arredores de Paris, não têm problemas de saúde. Suas dificuldades e desentendimentos conjugais decorrem do fato de Annie, contrariando a vontade do marido, um ex- ativista, metido a irascível, - e que faz observações sociológicas e gags às vezes previsíveis - querer instalar uma piscina no quintal para atrair os seus netos .
Este 'clube dos cinco' são ligados por uma forte amizade há mais de 40 anos. Então, quando a memória falha e o coração dispara, diante do espectro da casa de repouso (lar de idosos, ou que outro nome tenha) se rebelam e decidem viver juntos.
Uma grande aventura começa aos 75 anos! Obviamente, todos trazem suas feridas, grandes e pequenas, e algumas obsessões.
O projeto, que parece loucura, desperta memórias antigas, quando segredos antigos são descobertos. Não é o caso de ir mais longe neste comentário para não estragar a surpresa dos que irão vê-lo.
Confortavelmente aposentados, eles contratam como zelador/auxiliar um estudante de etnologia (ator alemão Daniel Brühl) que termina por morar com eles.
2 comentários:
Minha filho me recomendou, com os mais altos elogios. E ela é muito crítica, então tenho certeza que é ótimo!
Assisti no último sábado no cine do conjunto nacional, av. Paulista, SP. Filme emocionante sem ser piegas que traz inúmeras reflexões sobre nossas vidas como o envelhecimento de parente, amigos e a própria. Tenho 39 anos, sou gay com uma relação estável há 2 anos e nunca pensei sobre o envelhecimento.De um tempo para cá venho me interessando pelo assunto, às vezes, com muito medo. Vou assistir novamente!
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