dezembro 06, 2009

cartão no freezer

Com a chegada do fim do ano, andei ensaiando dar umas dicas de presentes que considerava interessantes. Afinal, são tantas as reclamações de 'falta de tempo' ou de 'saco' para procurar, enquanto eu fico aqui 'fuçando' tudo que é lista(qualquer hora falarei delas). Com a brincadeira dos presentes parei quando alguém me perguntou se era a minha lista de desejos. Não era. Bem do meu jeito, radicalizo trazendo os truques para conter as tendências consumistas irracionais, muito comuns neste período do ano. Veja como esta é curiosa : para não cair em tentação e se descontrolar, os especialistas da neuroeconomia recomendam: congele o cartão de crédito. Tudo que vai ao forno ou ao freezer tem que ter um 'modo de fazer' que, no caso, é este: coloque o cartão dentro de um copo com água e guarde-o no freezer. Assim mesmo. Quando sentir o faniquito de comprar, será preciso esperar que descongele e, nesse tempo, é possível que a sua sanidade se restabeleça.
O pesquisador de comportamento econômico Richard Thaler vai mais longe nas suas sugestões. Segundo ele, os desvios de nosso psiquismo fazem com que coloquemos dinheiro em diferentes “contas mentais” e pensemos no conteúdo de cada uma delas de maneira diferente. A dica para economizar é “retirar” o dinheiro (qualquer que seja a quantia) da categoria mental “trocados soltos”. E mais, em vez de simplesmente colocar diretamente um valor na 'poupança', procure arredondar suas compras para cima e guardar sempre a diferença. Outra estratégia: deixar uma soma, no início de cada ano, separada mentalmente para doações à caridade. Se alguma conta inesperada aparecer, recorre-se a esse fundo, que, em sua mente, já estava comprometido. O que sobrar pode ser, de fato, doado para a caridade (se vc for bonzinho) ou pode ser destinado a proporcionar uma sempre adiada 'extravagância'. A escolha é sua.
Outro, Daniel Ariely, criou um plano ainda mais ambicioso: deveríamos ser capazes de adicionar categorias a nossos cartões de crédito e criar limites para casa uma delas: não mais de R$600,00 para jantares fora, por exemplo, e, digamos, R$500,00 anuais para sapatos. Faria bem a muita gente seguir esta recomendação para evitar perder o sono e a renunciar a desejos mais racionais.
Na dica do cartão congelado, nada foi dito quanto a poder descongelá-lo no micro-ondas, para o caso de compulsão extrema...

Da revista mente&cérebro
(clique no título para ler a reportagem Consumo, logo existo)

Um comentário:

Anônimo disse...

genial o congelar o cartao...
bia