dezembro 18, 2007

PARIS CONTINUA UMA FESTA ?

A alusão ao PARIS É UMA FESTA não é por acaso.
Hemingway, como nós, amava Paris.

Lá viveu e a ela voltou muitas vezes ao longo de sua vida. Nos seus últimos dez anos, fez de cada temporada parisiense uma tentativa, cada vez mais desesperada, de reviver as experiências parisienses, vividas entre 1921/26.
Em uma dessas visitas, em novembro de 1956, fez uma descoberta surpreendente de textos esquecidos em duas pequenas malas que estavam guardadas no subsolo do Ritz, desde que ele deixara Paris para viver na Flórida em 1928.
Além dos textos escritos à máquina encontrou suas cadernetas com anotações e registros de coisas vistas e vividas, recortes de jornais, livros e peças de roupas que completavam o que foi considerado um verdedeiro tesouro.
Assim, Paris é uma festa foi baseado em fatos, realçados por sua imaginação e inspirado pelo material encontrado no Ritz e pelas visitas que ele fez a alguns de seus lugares favoritos, na primavera de 1960, onde reencontra traços de suas vivências na cidade que amava.
Em Paris Hemingway melhorava da depressão e parecia recomeçar a viver, o que não o impediu de, em julho de 1961, suicidar-se aos 62 anos.

PARIS É UMA FESTA foi lançado em Paris em 1964, mas suas descrições nostálgicas continuam atuais:
"Paris n'a jamais de fin. Nous y sommes toujours revenues, et peut importait que nous étions, chaque fois, ou comment il avait changé, ou avec quelles difficultés - ou quelles commodités- nous pouvions nous y rendre. Paris voulait toujours la peine, et vous reciviez toujours quelque chose en retour de ce que vous lui donniez".

É assim que ele termina o último capítulo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Zelinha, é a primeira vez que entro nesse tal de blog. Gostei, do que li e do que vi. Vocês estão numa felicidade só. deu para aliviar a saudade da Biu e dos "meninos".