dezembro 17, 2007

Essa tal de felicidade....

Felicidade, em latim, "bona hora". Em francês, (no masculino) "le bonheur".
A BOA HORA, nem cedo demais, nem muito tarde. "Juste comme il faut".
A felicidade interessa a todo mundo. Todos os homens, sem exceção, desejam ser felizes. Para Pascal, seria este o motivo de todas as ações, de todos os homens, "inclusive dos que vão se enforcar..."
Desde sempre, a felicidade faz parte dos objetos privilegiados da reflexão filosófica. Mas, filosofar sobre a felicidade? Donde vem a idéia de que felicidade é coisa de filósofo ? Será que a felicidade necessita de especialistas, quando se sabe que muita gente não é filósofo e isto não as impede de serem felizes, enquanto que muitos filósofos têm seus problemas? Em que sua filosofia lhes ajuda?
Sabe-se que, na música, ninguém resiste a idéia de que, para tocar um instrumento, necessita aprender com um professor. Quando se trata de filosofia funciona do mesmo modo. Pensar se aprende. Saber construir "la pensée" requer anos de trabalho.
Filósofos ou não, diante da vida, somos todos iguais.
O que precisamos, urgentemente, é parar de nos perguntar se a filosofia é necessária. Ela é indispensável. Para saber o que fazemos, para compreender quem somos, enfim, para aprendermos que nossa existência é aberta para um espaço interior sem limites, oferecido a todos que por ele se aventurem.
Filósofo não é este ou aquele professor, este ou aquele escritor, mas nós mesmos. Cada um de nós traz dentro de si um filósofo escondido .
Devemos nos interrogar, com profundidade, o que fazemos para compreender em que consiste a tal da felicidade para nós modernos.
O certo é que, a felicidade não é um luxo, mas uma necessidade...
E, segundo A. Comte-Sponville,(em A felicidade, desesperadamente) "a sua busca é a coisa mais bem distribuída no mundo".

(inspirada nas conversas com Ma Lúcia)

5 comentários:

MARIO DE LIMA disse...

Já coloquei entre meus favoritos. Sabe que vou ler sempre!!!
Graaaaaande beijo.

Unknown disse...

Zélia, só para lembrar o texto de uma música, acho que do Gonzaguinha: "(...) que a Dona Felicidade
baterá em cada porta,
e que importa a Mula Manca
se eu quero (...)". Um beijo!

Uma certa idade... disse...

Tito, consegui descobrir como se corrige/revisa o texto...Qdo me ocorreu o título, a letra desta música me veio à cabeça no mesmo momento.Não sabia que era do Gonzaguinha, mas a encontrei entre as cantadas pelas Frenéticas.
bjo

James Henrique disse...

Zelinha querida!
Adorei vc iniciar seu blog ... assim sentirei menos sua falta no meu dia-a-dia!
E suas palavras significam muito pra mim tanto quanto vc!
Te amo e parabéns!
James

Anônimo disse...

Oxe, agora é blogueira também? Fico feliz, mas já sabia que voce era novidadeira e, claro, mais feliz ainda porque apareci em suas imagens. Beijos mil