março 13, 2012

A Chave de Sarah

Ainda que o pano de fundo seja a II Guerra, A Chave de Sarah(Elle s´appelait Sarah, adaptado do livro homônimo de Tatiana De Rosnay), não é mais um filme sobre o Holocausto. O que faz a diferença neste filme é a tomada de consciência de que o colaboracionismo francês não se deu da forma como gostariam de lembrar.
Nesta época em que cresce a intolerância em relação aos imigrantes, o filme, além de representar um mea culpa, relembra aos jovens que nem todas as atrocidades cometidas podem ser atribuídas a um único "hitler" e que a 'semente'dele ainda persiste em alguns. 
A estória começa com a reunião de jornalistas para discutir a pauta de uma revista parisiense. O menos jovem deles propõe uma matéria sobre a violenta deportação de judeus franceses, acontecida em Paris, durante a 2ª Guerra. Os mais jovens demonstram  desconhecer totalmente o fato e promovem buscas acreditando encontrar arquivos fotográficos, prática que  era comum no nazismo. Não encontrando qualquer  registro do fato, foram surpreendidos com a informação de que não foram os nazistas, mas os franceses mesmos que promoveram a deportação .
Uma das jornalistas é uma americana que vive em Paris. Ela pesquisa la rafle du Vel d´Hiv, quando milhares de judeus foram confinados, em condições sub-humanas, no Velódromo de Inverno de Paris, à espera de serem transportados para a morte. Ao apurar os fatos,  ela se dá conta de que o apartamento no Marais, para o qual ela e o marido planejam se mudar pertencera a uma dessas famílias deportadas pelo governo francês e decide descobrir o destino dos ocupantes anteriores . Assim, a história de Sarah, a única sobrevivente , é revelada.

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