novembro 06, 2011

'Acordei em Woodstock'

"Alguém escreveu certa vez (quem souber, por favor, avise; nessa o Google não ajudou): não importa para onde vamos, estamos sempre voltando para casa*. Para um escritor, é possível imaginar que o caminho de volta tenha uma dose extra de sobressaltos. É o que, em outras palavras, Gabriel Garcia Márquez definiu como ofício, em seu “Viver para Contar”. “A vida não é o que a gente viveu, mas como a gente viveu, e como recorda para contá-la.
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Em seu novo livro, “Acordei em Woodstock”, Ignácio de Loyola Brandão leva essa postura a um outro patamar. A leitura, aparentemente sobre um simples relato de uma viagem feita com a mulher e um casal de amigos (um primo e a esposa) pela costa leste dos Estados Unidos, é um testemunho de que, a certa altura da vida, é impossível se desconectar de um mundo já vivido, ouvido, sonhado ou sentido. Ao escrever o relato em 2011, Loyola relembra do Loyola de 2000, ano em que foi realizada a excursão. Não deixa de ser uma vista privilegiada, sabendo, 11 anos depois, o que aconteceu com o Planeta na década que se seguiu àquela viagem, realizada às vésperas dos desmoronamentos do 11 de Setembro.
Nota : Leia mais sobre as memórias de Brandão aqui na Carta Capital

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