junho 09, 2011

Reis que amaram como rainhas

"António Conti, filho de um mercador italiano, conquistou o coração de D. Afonso VI que gostava da presença de rapazolas, lacaios, escravos negros e mouros que foram deixando no leito real o aroma de exotismo. D. Pedro I ficou para a história como o amante viril de D. Inês de Castro, mas Fernão Lopes deixa clara a relação com o seu sensual escudeiro e a amizade com outros cavaleiros. Fernando Bruquetas de Castro conta-nos a história de imperadores, reis, políticos, membros da Igreja e das universidades que, ao longo dos séculos viveram a sua sexualidade de forma livre, contudo presa a simulações e a jogos de poder. Através destas personagens da vida pública de todos os tempos, este historiador conta-nos a história da homossexualidade, tantas vezes ocultada ou contada com muita timidez pela historiografia tradicional. Da amizade entre Gilgamés e Enkidu, ao desespero de Aquiles por Pátroclo, do apaixonado Alexandre que enlouqueceu com a morte do seu amado Hefestión, ao general Júlio César que procurava bonitos escravos em cada terra que conquistava, de Ricardo Coração de Leão que sucumbiu aos encantos de um trovador da corte, do delicado Maximiliano, imperador do México que viveu uma dolce vita  e cuja morte em frente a um pelotão de fuzilamento continua envolta em mistério, ao famoso duque de Windsor que se deixou seduzir por Wallis Simpson e por um atractivo milionário norte-americano." 
Nota: O autor Fernando Bruquetas de Castro é doutor em História pela Universidad de las Palmas de Gran Canária. O livro é dividido em capítulos relativamente breves que abordam cada personagem histórica , não apenas reis, mas seus familiares, membros da aristocracia ou mesmo personagens míticas.  Ainda que, eventualmente,   nele se encontre  algumas curiosidades históricas, na descrição das circunstâncias em que estes personagens viveram, está muito longe de poder ser considerado uma obra-prima da historiografia. Ao contrário, é  escrito de uma forma prolixa e, por vezes, pouco inteligível. Não bastasse isto, incorre  no desgastado e preconceituoso entendimento de  que  um homossexual não é um homem. Parece ter o propósito  de apenas trazer mais gente para o barco. Não merece que se  perca  tempo com sua leitura....

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