dezembro 05, 2010

felicidade clandestina

 "Chegando em casa não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abrio-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim"
Clarice Lispector

2 comentários:

Anônimo disse...

Quantos detalhes e quantas nuanças são feitas a vida... quantos caminhos e atalhos foram percorridos...a vida não se mede em anos... Marcos Vieira

Anônimo disse...

Imaginação criativa... dom das crianças e de tão poucos adultos...