"Chegando em casa não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abrio-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim"
Clarice Lispector
2 comentários:
Quantos detalhes e quantas nuanças são feitas a vida... quantos caminhos e atalhos foram percorridos...a vida não se mede em anos... Marcos Vieira
Imaginação criativa... dom das crianças e de tão poucos adultos...
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