novembro 22, 2010

A paixão de Artemísia


"Se você deixar, o mundo lhe atormenta.  Então, não deixe."

Susan Vreeland traça um retrato do tempo em que viveu a pintora pós-renascentista Artemísia Gentileschi (1593-1653). A paixão de Artemísia começa com o relato do julgamento de seu estuprador Agostino Tassi, um assistente do ateliê de seu pai. Interrogada pelo Tribunal papal, à maneira inquisitorial, passa por provações dolorosas e humilhantes. Mediante um acordo com seu pai e a devoluçao de uma obra deste que teria sido roubada, o processo não resulta na condenação de Tassi. Para Artemisia é arranjado um casamento e assim, não podendo ficar em Roma, após a humilhação pela Igreja e a execração pública de que passa a ser alvo, ela parte para Florença, onde descobre uma excitante vida no mundo das artes na Itália do século XVII e, com o crescente sucesso de suas obras, torna-se a primeira mulher a entrar para a Academia de Arte de Florença. Além das belas pinturas, na visão de Susan Vreeland, Artemísia era uma mulher visionária, que desafiava os costumes da época.


Um comentário:

Anônimo disse...

Lamentavelmente todo artista de fato transfere sua dor para Arte. Pena que tenha que ser assim, mas é o grito da alma que explode em cores, música, movimento, palavras.
bjs
Lalá