Partindo desta obra do pintor Fragonard, século XVIII, conhecida como 'O Estudo', uma de suas mais significativas telas, quando o livro e a leitura desafiavam o tempo, “fazendo o presente contemporâneo do passado” , OLGÁRIA MATOS nas reflexões que desenvolve no ensaio Democracia midiática e República cultural coloca em questão a cena política do Brasil de hoje e os mecanismos de poder da indústria cultural e da mídia. Na pintura de Fragonard, embora a leitura encontre-se só, nada indica solidão, como a significar, que aquele que aprendeu a ler jamais estará sozinho. O traje da leitora é cerimonioso, sua elegância enfática, embora esteja em casa. Tons adamascados envolvem a cena, na qual a jovem, como que a cortejar um pensamento nascido da leitura, se abandona.
Um texto imperdível para quem enxerga pelo menos um palmo à frente do nariz...
Nota: O ensaio mencionado integra o Discretas esperanças
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