
"Realmente dizemos que a hora da morte é incerta, mas quando dizemos tal coisa, imaginamos essa hora como que situada num espaço vago e remoto. Não pensamos que tenha a mínima relação com o dia já começado e possa significar que a morte possa ocorrer nessa mesma tarde, tão pouco incerta, essa tarde em que o emprego de todas as horas está previamente regulado..."
(Marcel Proust, O Caminho de Guermantes) - no prefácio
Sinopse:
"Por quanto tempo se consegue viver com a angústia de um grande segredo? Há-de sempre chegar a hora de acertar contas com o passado. Um electrizante thriller de espionagem e suspense ambientado na II Guerra Mundial.
1939. Eva Delectorskaya é uma jovem e bela russa a viver em Paris. Quando a guerra estala é recrutada para os Serviços Secretos Britânicos por Lucas Romer, um inglês misterioso, e, sob a sua tutela, aprende a transformar-se na espia perfeita, a camuflar as suas emoções e a não confiar em ninguém, incluindo as pessoas que mais ama.
Após a guerra, Eva muda de identidade e reconstrói cuidadosamente a sua vida na Inglaterra. Mas uma espia será sempre uma espia. Hoje, Eva tem de completar uma última missão e, desta vez, não poderá executá-la sozinha: vai precisar da ajuda da filha.
A riqueza de cenários e dados históricos, os diálogos ágeis, verosímeis e a narração tão elegante quanto irónica conferem a este romance premiado uma completa entrega do leitor que, se faminto por um bom livro, o lerá de uma assentada."
Nota: A narração começa nos nossos dias e é contada em retrospectiva, a partir das 'memórias' que Eva entrega a sua filha Ruth, no momento em que começa a sentir-se ameaçada. Ao começar a ler a história da sua mãe, Ruth acredita que ela esteja acometida de problemas de senilidade...
Tendo como cenário a Inglaterra , os capítulos vão-se alternando entre o passado de Eva e a vida de Ruth. À medida que esta vai lendo a vida de sua mãe, se dá conta de ter vivido ao lado de uma desconhecida.
Williiam Boyd é autor de vários outros livros igualmente premiados. INQUIETUDE recebeu críticas empolgadas dos jornais ingleses.
Sua leitura é tão fascinante que nos leva a esperar que o 'telefone' desista de chamar pelo menos ao décimo toque!
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