novembro 14, 2009

Luis Buñuel


La Belle de Jour, um filme que em 1967 era considerado “impróprio”, passa hoje às 18 hs, na TV ( Canal Brasil - para quem se interessar). Como diz a crítica (e eu concordo) é um dos melhores filmes do Buñuel. Por ser ele um autor muito diversificado e inovador, não é fácil dizer em que momento a sua insolência se revelou em sua melhor forma.
La Deneuve, (vê-la nos faz sentir como é injusta a ordem do mundo que faz com que o tempo não pare) no papel de uma mulher fria na aparência, mas ardentíssima com os homens com quem costuma se encontrar num bordel que frequenta, onde realiza as fantasias de seus parceiros sexuais e as suas próprias. O seu marido faz o tipo que as mães querem para genro...
Para alguns, trata-se de um filme sobre um sonho. Mas sonho e desejo é o que a gente decide que seja. E o desejo nem sempre distingue o sonho da realidade que, afinal, podem ser a mesma coisa.
(Para o google "la belle de jour" é uma música do Alceu Valença...)
Vejam o que diz a Wikipédia: "O filme causou escândalo quando da sua estreia. Luis Buñuel é completamente inclemente na forma como nos apresenta esta história, e ataca os impecáveis costumes burgueses. A primeira cena apresenta uma fantasia de Séverine, onde esta é chicoteada e abusada sexualmente a mando do marido. Atualmente, numa época em que os limites do cinema são mais largos, o poder escandaloso das imagens é menor, mas o seu desconforto permanece intacto, representando a acidez do humor de Buñuel em detrimento da mera exploração da sexualidade. E não é só dessa vertente sexual que vive Belle de Jour, sendo que o realizador espanhol não resiste em conjugar essa temática com a dimensão religiosa: há uma delirante cena em que Séverine é abordada por um homem para reencenar um velório, e tal cena é construída quase como uma forma de comparação com uma fantasia de um cliente do bordel. Desde o seu famoso primeiro curta-metragem, Un Chien Andalou, Buñuel abordou essas temáticas sem medo e sem pudor."
É isto!

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