setembro 12, 2009

Reencontros

A semana foi curta depois de tantos compromissos: aniversário de 85 anos, durante o dia do sábado, almoço no domingo (um 'sobrinho' comemorava seus 25 anos), jantar na terça (70 e alguns de um primo). Tive que conciliar tudo isto com a presença de algumas amigas na cidade. Se escrevesse 'velhas amigas' estaria certa, em ambos os sentidos. São as amigas de uma ' tribo' antiga.
Nunca deixamos de ser presentes na vida uma das outras. Profissões diferentes, caminhos distintos, cidades e/ou países distantes. Casamentos, descasamentos, filhos, ou não. Recomeços e mudanças. E,ultimamente, os reencontros que não deixamos mais por conta do acaso.
No verão de 2008, fizemos um cruzeiro. Nos descobrimos, saudavelmente as mesmas. Ops! Não tirem conclusões apressadas...Apenas coisas 'tipo assim':
Numa noite, aconteceu de um garçom que não era dos que nos atendia, ao fim do jantar, vir em direção de nossa mesa com um bolo de aniversário com aquelas velinhas faiscantes já acesas. Imediatamente, sem qualquer sinal ou combinação prévia, começamos a cantar ' Parabéns', voltadas para a filha de uma das amigas que não podendo viajar, mandou uma menina de vinte e poucos anos para o meio de nós . O garçom, se tinha pensado ser outra a mesa a que se destinava o bolo, não teve dúvida, colocou o bolo em nossa mesa , o que foi seguido de muita algazarra e cumprimentos à surpreendida 'aniversariante', cujo ar de espanto se confundia com a emoção pela inesperada comemoração de uma data que não existia. Nunca soubemos como foi resolvido o problema com o aniversário que devia ter realmente acontecido...
Se pensar que estamos todas numa certa idade, não era de esperar que da 'velha chama' ainda restava uma brasinha, pronta para reacender e aprontar uma destas. Quase como nos velhos tempos de 'molecagem'. Um dia ainda conto o que fazíamos, nas tardes dos sábados, na casa de uma de nós, cujo número de telefone era sempre confundido com o de uma senhora que fazia bolos/tortas por encomenda...Talvez conte dos vários telefonemas de um pai, na tentativa de falar com o filho que estava em viagem de lua de mel, desde que descobri, logo no início da conversa, que ele não conehcia bem a nora....
Este ano nos reencontramos em Barcelona. 11 dias para nunca esquecer. Esquecer, este fantasma que nos assombra, parece ser um problema que ainda (bate na madeira, rsrsrs) não nos afeta. Principalmente quando se trata de passado, bem passado mesmo, estórias do arco da velha...Se uma de nós 'perdeu' algum detalhe, outra refresca e parece que acrescenta. De tão deliciosas, fico pensando em que medida não fazemos algumas 'interpretações' nestas estórias. Seja como for, elas retornam melhoradas nas suas cores e intensidade. A 'vida alheia' é que se ressente de uma atualização, pois continuamos falando mal das mesmas pessoas, pelas razões de antes...
Fizemos planos de um reencontro no próximo ano. Berlim ou Portugal?

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