agosto 22, 2009

Amar, acalentar e trair

"As crianças têm a infância", escreveu o professor David P. Barash. "E os adultos? Têm o adultério."
Barash, que ensina psicologia na Universidade de Washington, escreveu um livro chamado "The Myth of Monogamy" e foi entrevistado por Natalie Angier, do "New York Times", para uma reportagem sobre infidelidade animal.
A monogamia é realmente um mito? No mundo animal é, mesmo para espécies que formam casais para toda vida. "A promiscuidade sexual é generalizada na natureza, e a verdadeira fidelidade é uma fantasia acalentada", escreveu Angier.
"A monogamia social muito raramente é acompanhada de monogamia sexual ou genética", relatou Angier. "Examine os rebentos de uma ninhada, seja de aves, toupeiras, macacos, raposas ou qualquer outra espécie que forme pares, e de 10% a 70% mostrarão que descendem de um macho que não o oficial." .
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Mas, mesmo quando um cônjuge trai, o casamento geralmente sobrevive, escreveram Benedict Carey e Tara Parker-Pope no "Times". Em estudo da Universidade da Virgínia, 10% das pessoas casadas admitiram que tiveram casos em algum momento. Anos depois, 76% dos adúlteros continuavam casados e vivendo com seus pares.
"Historicamente, a instituição do casamento não sucumbiu à infidelidade tanto quanto coexiste com ela, como um corpo com o vírus da gripe: às vezes enfraquece, mas desenvolve certa imunidade pela longa exposição", escreveram Carey e Parker-Pope
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Como os seres humanos, os animais às vezes se vingam de seus parceiros infiéis. Em uma experiência com besouros, que formam pares e constroem uma bola de esterco na qual depositam os ovos, os pesquisadores amarraram um besouro fêmea perto de seu parceiro. Então o macho liberou feromônios para atrair outras fêmeas.
Quando sua parceira foi libertada, ela o virou de costas para baixo e "o fez rolar diretamente para a bola de esterco, o que pareceu totalmente apropriado", disse o professor Barash.
É isso aí!

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