No fim do ano passado perdi (ou roubaram) o meu celular. Com ele, se foi minha agenda, mensagens, (as de natal ainda não respondidas), fotos e músicas. Minha avó não acreditaria.Naquela coisinha minúscula tinha tudo isto e também um telefone! Na véspera, o meu contrato de fidelidade tinha completado um ano, o que me daria direito à troca por outro mais completo (que tivesse rádio!). Cancelei no momento em que dei pela falta e no dia seguinte fui fazer a substituição. Começou que fiquei com o mesmo número, apesar de o chip ser outro. Se era possível, ótimo!!! Pouco a pouco fui refazendo a minha agenda. Cada dia (na praia), ia fazendo um pouco a partir da agenda de papel de que nunca me desfiz. Uma trabalheira, mas tudo podia ser pior.... E foi. Um belo dia, sem que soubesse como, nem porque, na minha agenda os telefone estavam duplicados. A diferença é que os “novos” traziam o código da operadora, o que é só um detalhe. Mas não ficou por aí. Mais tarde, apareceram os arquivos que acreditava terem desaparecido com o aparelho extraviado. E mais. Vieram as mensagens que me foram enviadas entre o momento do extravio/ cancelamento e a aquisição do novo aparelho. Para isto também não encontrei explicação....O que se pode concluir é que as empresas de telefonia armazenam nossos dados pessoais. E, naquela ciscunstância, eles me foram devolvidos.... Sem contar que a operadora sabe sempre onde estamos. Cada vez que mudei de país, recebi um torpedo da operadora dizendo que estava comigo em .....
As empresas de cartão de crédito também seguem o nosso rastro. Aconteceu de sair de Curitiba pela manhã, abastecer o carro, almoçar pelo meio do caminho e fazer compras em outra cidade. Chegando em Floripa no mesmo dia, recebi uma ligação do cartão de crédito pedindo a confirmação de que eu tinha passado em tal e tal cidade e se estava em Florianópolis, onde tinha jantado. Não sei se “controlam” aleatoriamente, o certo é que aquele foi o meu dia de ser monitorada. Foi como se usando o cartão eu tivesse deixado pegadas. “Para minha segurança e proteção” eles precisavam confirmar a minha passagem por aqueles locais. Não perdi o sono por isto. É como funciona o mundo e é nele que estou vivendo. Mas não tenho dúvida de que nossos padrões e hábitos de consumo alimentam um banco de dados valioso. É provável que saibam se, e quando, irei viajar novamente e para onde. Devem saber, por exemplo, que não frequento motéis, não uso roupa de grife, não fiz uma plástica e que não tenho idade para encarar uma troca de senha. Isto não!
Na internet, por sua vez, o Google seria quem mais vasculha nossos movimentos. E vai mais longe: censura! Um blog muito interessante, crítico e criativo, que faz parte da minha lista (veja no pé da página), teve o seu nome suprimido e substituído por uma advertência. Isto porque algum hipócrita, que deve ler o blog todo dia mordendo os dedos de inveja, denunciou. Ao acessar o blog aparece:"Alguns leitores deste blog entraram em contato com o Google porque acreditam que o conteúdo do blog é questionável. Em geral, o Google não revisa nem endossa o conteúdo deste ou de qualquer outro..." E pergunta se a gente quer continuar. Pode e deve continuar! A censura ao blog não tem qualquer fundamento. Enquanto isto, pornografia, pedofilia e um monte de lixo que a estupidez humana não cansa de produzir, circula livremente na web. O Google ocupa o primeiro lugar entre as empresas que mais coletam dados sobre as nossas atividades online e que utilizam os dados sobre nossos comportamentos para transformá-los em conhecimento e informação estratégica em várias áreas: política, medicina, relacionamento e até segurança nacional.
Responder tudo que a gente quer saber não ia mesmo sair de graça...
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