
“Escolas sem armário” é o lema da Parada Gay de Madri que acontecerá em 04 de julho. Num país como a Espanha em que as leis permitem casamento entre pessoas do mesmo sexo, adoção de menores por casais gays, ajuda aos transexuais para mudança de sexo -os gays agora pretendem provocar uma revolução nas salas de aula. Exigem mudanças no sistema educativo para incluir nas escolas disciplinas ou temáticas que abordem a homossexualidade. A organização do evento usou como referência relatórios que concluíram que a discriminação contra menores de idade gays provoca marginalidade, problemas de saúde e até abandono escolar.
O informe sobre homofobia e discriminação na União Europeia, divulgado em março de 2009 pela Agência Europeia de Direitos Fundamentais, mostrou exemplos de rejeição nos colégios onde alunos são ridicularizados, marginalizados e perseguidos por causa de sua orientação sexual. Segundo a pesquisa feita em 18 países da UE, existe uma “situação de isolamento dos estudantes gays” e os professores “raramente são treinados, preparados ou inclinados a discutir sobre o tema da sexualidade”. O relatório indicou ainda que há instituições religiosas e esportivas em que o tema homossexualidade é um assunto tratado como tabu. O poeta espanhol Federico García Lorca, assassinado durante a guerra civil espanhola, acusado de ser subversivo e homossexual, será o homenageado da parada gay deste ano, “porque sua condição de homossexual marcou sua vida, obra e morte . Durante décadas, essa opção sexual foi invisível para muita gente, não aparecia em nenhuma biografia. O que fazemos agora é uma reparação histórica porque o mundo precisa de referências como ele.” Do site da BBC.
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