dezembro 03, 2008

Fazendo as malas

Depois de uma injustificável hesitação, ontem comprei o novo livro da Danuza Leão. Afinal, trata-se de uma mulher cuja trajetória é, pelo menos, curiosa: a partir de uma certa idade começou a ser uma escritora de sucesso. Às vezes falo (de brincadeira) que burrice e feiúra “pegam” por contágio. Mas parece que talento também. Até onde sei, ela teve maridos/companheiros interessantes, inteligentes, talentosos... Ainda muito jovem, teve acesso a muitos lugares/eventos/vivências e convivências enriquecedoras de que se tem notícia pela mídia, por relatos dela própria e alguns episódios contadas por outros, dentre eles no livro Um homem chamado Maria, que revelam seu comportamento enquanto esteve apaixonada pelo Antonio Maria.
Mulher apaixonada sempre me deixa curiosa, à procura de espelhos....
Danuza Leão há tempos deixou de ser a irmã da Nara ou a viúva ou ex-mulher de tal ou qual celebridade. Brilha sozinha. Mantém uma coluna semanal, aos domingos, na Folha e uma página na revista Cláudia, além de ter publicado vários livros.
Pela minha experiência, dependendo de quem se escolha para marido/companheiro se aprimora ou se aprende coisas novas, passa-se a freqüentar outros lugares e cidades, introduz-se hábitos e gostos. Por vezes, ganha-se até uma certa sofisticação. Mas esta dura até o fim da paixão...Tudo depende, claro, de quem se escolhe!
Interessei-me pela cultura/língua francesa, aprendi a beber pastis e comer ostras com um deles.Depois passei a gostar de jazz, comer caranguejo e beber caipirinha, pagando o preço de não usar qualquer maquiagem ou bijuteria. Pela cultura goiana me interessei pouco: muito calórica e restritiva às liberdades ( “mulher que tem carro tem asa”).Em compensação fui motivada a retomar o hábito de ler que andava meio abandonado, desde a maternidade.(Penso sempre no quanto seria sem graça a minha vida se eu não lesse).
Anos depois, estava fluente em italiano e achando que a Itália poderia até ser considerada.... Posição revista quase de imediato, embora continue recomendando às mulheres pelo menos um amante italiano na vida. O único problema é a elevação do nível de exigência. Mas isto é outra conversa.
Voltemos à Danuza, mais precisamente ao livro, deixando a vida dela e a minha para depois. FAZENDO AS MALAS tem início com uma INSÔNIA . Ela diz “sofrer”de insônia e que nestes momentos não consegue ler, escrever ou ver filmes, mas arrasta móveis (pesados) e faz planos mirabolantes, inclusive de viagens . O livro continua com o capítulo dedicado AS MALAS e prossegue com a sua partida para um roteiro que se inicia pela “colorida Sevilha", passa pela “calorosa Lisboa” segue pela “clássica Paris” e termina na “eterna Roma”.
Viram quantos clichês nesta apresentação?
Parei aí e fui dormir pensando que alguém precisa dizer para a Danuza que velhos dormem pouco mesmo...e em retomar a leitura na praia.
Não é possível que sábado ainda chova!

Um comentário:

Soninha disse...

Zelinha, pode ser que esse livro de Danuza tenha lá seus cliches!! Aliás nem sei muito bem quando estou diante de um. Mas eu li (numa sentada) e achei instrutivo sob certos aspectos, especialmente quanto a Paris, já que não conheço tanto mas ainda pretendo um dia. enfim, ao menos ficamos sabendo por esse livro que a praia dela não é Roma definitivamente. Nem a minha...imagina!! Bjs