agosto 16, 2008

“Estação Luz da Nossa Língua”.


Ontem fui conhecer o Museu da Língua Portuguesa. Sua localização não podia ser mais apropriada: a cidade de São Paulo, a maior concentração de falantes (superior à dez milhões) da Língua Portuguesa em todo o mundo. A escolha do local também se revelou muito feliz pois recaiu sobre o admirável edifício da Estação da Luz, daí também se chamar ao museu “Estação Luz da Nossa Língua”. Como é referido no website do Museu “trata-se de um museu vivo da língua, onde os brasileiros podem se reconhecer e se conhecer melhor; lugar que evoca a especificidade e a riqueza da língua portuguesa do Brasil e busca, assim, reforçar o sentimento de pertencimento e responsabilidade com o país. O objetivo maior é fazer com que as pessoas se surpreendam e descubram aspectos da língua que falam, lêem e escrevem, bem como da cultura do país em que vivem, nos quais nunca haviam pensado antes. Que se espantem ao descobrir que sua língua tem todos aqueles aspectos ocultos.” O Museu da Língua Portuguesa tem uma característica singular - à diferença dos outros museus, abriga um patrimônio imaterial: a língua.
Está acontecendo, até 26 de outubro, a exposição "Machado de Assis: mas este capítulo não é sério" em homenagem ao centenário da morte desse grande escritor brasileiro. O objetivo da mostra é desfazer a concepção de autor clássico com obras para leitura obrigatória ao vestibular. "Machado de Assis é muito mais divertido que a obrigatoriedade. Essa é a mensagem que queremos passar aos visitantes".
Ao entrar no museu, tem-se a impressão de fazer parte de um livro. Dividido em capítulos, o primeiro corredor da exposição apresenta as muitas facetas de Machado de Assis, de acordo com suas principais obras. Entre tópicos estão sua face jornalista, suas musas e seu principal enredo: a escravidão. Há também um capítulo reservado para a sandice e a loucura.
No fim do primeiro corredor, a gente passa por uma ´biblioteca cinema´ que transmite trechos de obras do autor lidos por diversas personalidades. Já no segundo corredor, há uma cronologia da vida de Machado de Assis. O espaço desemboca em uma sala de leitura, onde se pode pegar um dos 400 livros disponíveis e ler como se estivesse em uma biblioteca.

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