abril 11, 2008

MENINA EM AZUL JACINTO

Uma menina de vestido azul, olhando através da janela, a sonhar quando deveria remendar a roupa que está em cima da mesa à sua frente, com um perfil que revela "um olho azul como uma pérola" é o Vermeer imaginário que serve de fio condutor para a história narrada no romance O QUADRO DA MENINA DE AZUL (Girl in hyacinth blue) de Susan Vreeland.(Foi adaptado para o cinema com o título Brush with Fate. O quadro ao lado, pintado por Jonathan Janson, representa no filme o suposto Vermeer).
No romance, essa pintura, "possivelmente um Vermeer", sobrevive a três séculos e meio de perda, inundação, anonimato, roubo, segredo e ao Holocausto.É a história de seus proprietários cujas vidas são influenciadas por sua beleza e mistério, de nossos dias até o século XVII,(alcança o momento em que Vermeer a concebeu). São pessoas comuns cujas existências foram, de certa forma, afetadas pelo quadro e cada uma delas nos mostra o significado da arte e de seu valor monetário, artístico ou sentimental e o poder que a arte tem de transformar a existência humana.
Achei bem interessante!

VERMEER

Em 1902, Proust foi a uma exposição em Haia, que o marcou para o resto da vida."Vi o quadro mais bonito do mundo", diria.Ficou tão impressionado que, em seu romance Em Busca do Tempo Perdido, incluiu um personagem que morre ao constatar que jamais seria capaz de escrever com a beleza com que Vermeer pintava.


A grandeza de Vermeer foi reconhecida tardiamente. Johannes Vermeer (1632–1675), conhecido como Vermeer de Delft ou Johannes van der Meer foi esquecido após sua morte e teve alguns de seus quadros vendidos com a assinatura de outro pintor para lhe aumentar o valor.
No princípio do século XX, havia rumores de que ainda existiriam quadros por descobrir.O certo é que, hoje apenas 35 a 40 trabalhos são atribuídos ao pintor,calculando-se que cerca de 20 estejam perdidos.
A pintura de Vermeer é admirada pelo colorido particular: fusões de azul e amarelo, objetos pontilhados de dourado, composições inteligentes e brilhante uso da luz. Há nela uma obsessão de retratar figuras femininas absortas em alguma tarefa trivial , como despejar leite numa tigela, ler cartas ou beber vinho, parecendo instantâneos da vida doméstica.
Vermeer amava a luz e era capaz de fazer miséria ao mostrar como as cores e as texturas se modificam quando atingidas pela luminosidade.
Pouco se sabe sobre sua real inspiração. Isso porque a sua vida é envolta em mistério.Essa névoa biográfica foi suficiente para que a escritora Tracy Chevalier escrevesse o romance "Moça com Brinco de Pérola", uma fantasia sobre o que levou Vermeer a realizar sua obra-prima. A versão do livro para o cinema, fiel à publicação, apresenta um Vermeer angustiado pelas pressões da sogra, a comerciante de suas obras. Naquela época, pintar era um trabalho artesanal realizado por encomenda.
Moça com Brinco de Pérola é considerada a Mona Lisa holandesa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Vlw!!! Tá lindo o blog. Plagei a frase do Jobim, to romantica eheheh
Em maio irei pra Floripa... vamos marcar um almoço
Bjs
Cleusa