março 02, 2008

DECROISSANCE


Em oposição ao consumismo desenfreado do mundo contemporâneo, há um movimento que vem ganhando força : o da simplicidade voluntária. Tanto para preservar os já escassos recursos naturais do planeta como para promover satisfação pessoal, seus adeptos tentam viver apenas com o necessário. Qualquer semelhança com o movimento hippie dos anos 60 não é mera coincidência. Naqueles tempos, valorizava-se a fraternidade, o convívio com os outros, e o consumo não era tido como a solução dos males.
Na França, o movimento é chamado de décroissance e encabeça até plataformas políticas de partidos que levantam bandeiras ecológicas. Um dos principais teóricos é o cientista social Paul Ariès - autor de Décroissance ou Barbarie que sustenta idéias como a da necessidade de limites, por não ser possível um crescimento infinito num mundo finito.
Em Londres há um evento chamado Buy Nothing Day , que já conta com cerca de 20 mil adeptos.
Definir a quantidade de roupas e calçados de que precisa, doar uma peça se ganhar algo a mais, aplicar o mesmo raciocínio com relação aos livros e CDs: doar os que não ler nem ouve com freqüência, são as regras. Na Europa, homens e mulheres de todas as idades estão adotando o conceito. “Geralmente, são pessoas não conformistas, com senso crítico, que avaliam a própria vida.”

Nenhum comentário: