abril 09, 2013

Sarita Montiel



"Em 1958, Sarita tinha 29 anos quando deu por encerrada sua experiência hollywoodiana. De volta à Espanha, estrelou A Última Canção e, na sequência, La Violetera. Os filmes estouraram – na Espanha e no mundo. Por 17 anos, até 1975, Sarita encarnou um tipo de heroína romântica e sofredora. Radicalizando o conceito de melodrama – putting melos into drama -, ela nunca deixou de cantar (e de distribuir ramos de violetas para as plateias que nunca desistiram de lhe pedir que cantasse ‘Llevello ese ramito/que no vale más que un real’). A própria Sarita me explicou por que virou mito gay – ‘Porque soy muy hembra, muito fêmea. A los maricones les encanta lo que soy yo.’ Era inevitável que seu caminho cruzasse o de um certo Pedrito (Almodóvar), mas o filme, infelizmente, Má Educação, não foi um dos grandes dele. Que coincidência mais bizarra, Thatcher e Sarita irem-se juntas, no mesmo dia. Nada a ver. Nada? Na sua grande fase, como Carmem la de Ronda, Sarita aparecia em cena fumando cigarrilhas e, depois, charutos. Dura na queda. À sua maneira, foi de ferro. Chegou a dizer-me isso. ‘Quem acha, por meus papeis, que sou frágil, estará comprando uma ideia equivocada de mim.’(daqui)

Nenhum comentário: