Os leques, ao que consta, surgiram em diferentes partes do mundo . Foram encontrados relevos e pinturas que atestam a antiguidade do seu uso remontando à dinastia egípcia e testemunhos de seu uso na Pérsia e na Índia. Eram leques de grande porte que não permitiam serem abertos/fechados facilmente, usados pelas classes mais elevadas, manuseados por escravos durantes as cerimônias e feitos , geralmente, de tecido ou penas.
Os leques foram adotados pelos gregos, (no século V a.C.) que abanavam as esposas enquanto dormiam como prova de amor. Foram seguidos por etruscos e romanos no uso dado ao leque e nos tipos de leques usados.
Há uma lenda que diz que Eros, Deus do Amor, criou o leque ao arrancar uma asa de Zéfiro, o Deus do Vento , para refrescar sua amada Psique, enquanto ela dormia em um leito de rosas.
O leque tal como chegou aos nossos dias, teve origem na China no séc. VII, quando um inventor teria se inspirado nas asas de um morcego para fabricar um leque de pequeno porte que abrisse e fechasse com facilidade. Assim, surgiram os leques retráteis que chegaram ao Japão, onde foram descobertos pelos europeus e chegaram à Europa nos finais do século XV, pelas mãos dos portugueses que estabeleceram rotas comerciais com o Oriente.
Foi na Corte Francesa dos reis Luis XIV e Luis XV que o leque teve seu período áureo. Nesta época tornou-se complemento indispensável do vestuário. Eram leques luxuosos ornados com pedras preciosas. fabricados com metais nobres e tecidos italianos, os mais luxuosos na época.
Alguns eram pintados por artistas famosos.
Embora ainda não fossem tão maleáveis, o instinto feminino conseguiu dar uma utilidade imprevista ao leque, cuja perfumada sombra era usada como transmissora de mensagens entre namorados ou amantes. O leque fechado significava: "cuidado, nos observam"; o leque aberto imóvel:"o terreno está livre"; o abanado forte do leque:"amo-te muito" ; segurar o leque na mão direita e em frente ao rosto : "siga-me"; tocar o leque na face direita: "sim" e na face esquerda:" não".
Para o Brasil a moda e uso dos leques chegou no século XIX, com a Família Real Portuguesa e boa parte da Corte. Os leques comemorativos, nos quais eram retratados momentos importantes, foram introduzidos por D. João VI.
Em razão do surgimento de ventiladores e a invenção do ar condicionado, a partir da década de 60, caiu em desuso, deixando uma época de glamour quando era quase obrigatório nos grandes salões e teatros.
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