Qualquer filme que viesse depois do mágico Midnight in Paris não seria bem recebido. Por mais horrível que se considere "Para Roma com amor" não se pode dizer que seja uma experiência desagradável assisti-lo (a menos que você seja italiano!). É uma bagunça, como Roma, mas é Wood Allen! Habilidoso e engraçado aos 76 anos .
Neste To Rome with love ele atua e revisita algumas de suas antigas ideias que, inevitavelmente, nos levam a associar algumas cenas, (como a da turbulência do avião - em que ele diz à mulher que é ateu), a tantos dos seus muitos filmes anteriores que conhecemos. Embora seja leve e rápido, observamos alguns dos mais marcantes diálogos de seus últimos filmes: um homem velho comparando a aposentadoria com a morte e rejeitando a mortalidade.
As quatro estórias que compõem a trama seriam adaptações do Decamerão(Boccaccio) e, embora não aconteçam simultaneamente, são combinadas de forma tão elegante que as transições são imperceptíveis. À exceção do segmento que tem a participação do Alec Baldwin.
A performance de Ellen Page como um faker intelectual e emocional, contida mas brilhantemente satírica, faz da personagem uma de suas maiores criações femininas.
Este não será um dos melhores mas não estará entre os piores filmes do ano!
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