Massy Tadjedin é uma roteirista iraniana-americana que estréia como diretora neste Last Night que é, basicamente, um filme sobre escolhas. Decidir por algo (ou alguém) importa necessariamente em abrir mão de qualquer outra possibilidade?
Indispensável alguns minutos de paciência para ultrapassar as banais cenas do início: a mulher que, chegando a uma festa, percebe a relação entre o marido e sua nova colega de trabalho e, em casa, o pressiona a ponto de fazê-lo confessar sentir atração por ela. Motivo para ela ir dormir no sofá. Não há pior clichê.
Ao contrário do que li, não está em discussão o que é (ou não) infidelidade, o que, aliás, faz dele um filme adulto. Muito mais do que as 'aventuras' de uma noite de 'folga' de um casal( neste ponto há sequências deliciosas),o interessante é o que virá depois: o que cada um decidirá aceitar sobre o outro ou negar a si mesmo, especialmente, sobre os próprios sentimentos.
Não precisou avançar muito para eu perceber que se tratava de um filme feito por mulher. O olhar cuidadoso para os detalhes, uma construção inteligente e um roteiro que valoriza longos diálogos.
Todos os atores estão muito bem em seus papéis, mas merece destaque o desempenho de Keira e Guillaume e do charmoso coadjuvante.
Ambientado totalmente em NY, o filme é uma co-produção francesa o que talvez contribua para fazer dele um filme verbal que termina abruptamente no meio de uma palavra, que resta impronunciada...
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