junho 26, 2012

A BABÁ E O ICEBERG



O livro, escrito na forma de carta de um suicida, relata a volta ao Chile de Gabriel Mackenzie, filho de uma ativista política que deixou o Chile com o filho em 1974, logo após o assassinato de Salvador Allende. 
Depois de 17 anos nos EUA, Gabriel retorna ao Chile, aos 24 anos e virgem .
O Chile vive contradições profundas, entre os novos ricos pragmáticos que estão no poder, herdeiros do credo neoliberal implantado pela ditadura Pinochet e os idealistas saudosos do tempo de socialismo experimentado com Salvador Allende.

Neste contexto se dará o confronto de Gabriel com seus fantasmas do passado: Che Guevara, segundo sua esquerdista mãe, o responsável pelos desacertos de sua vida, a babá índia que cuidou dele quando criança e o próprio pai, um garanhão incorrigível responsabilizado por seus fracassos sexuais. A virilidade paterna é o que mais lhe assusta.
Incumbido de encontrar um iceberg para decorar o pavilhão chileno da exposição mundial, Gabriel viaja para Antártica, discute muita política e, finalmente, perde sua virgindade. 
Com erotismo cômico e muita crítica política, Ariel Dorfman conta a história em flashbacks, passada entre Manhattan e Chile para traçar um retrato espirituoso da década de 90 em seu país.

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