abril 02, 2012

A DANÇARINA E O LADRÃO

Baseado no romance de Antonio Skármeta ( O Carteiro e o Poeta) a história se passa no Chile, no fim da era Pinochet. Um olhar para a Cordilheira, em seguida para o céu e a câmara retorna mostrando a cidade de Santiago, enquanto se ouve num rádio a informação de que o novo governo promulgou uma anistia para os presos do país que não tivessem sido condenados por assassinato. Entre os que foram libertados está o especialista em 'arrombar'cofres Nicolás Vergara Grey. Mas a história vai centrar-se em um anistiado menos conhecido, o jovem Ángel Santiago que, ao sair da cadeia, se apaixona por Victoria Ponce (a bailarina). 


O filme acerta na medida: drama, comédia e “aventura” nas histórias paralelas e intercaladas dos personagens . A narrativa equilibrada do drama dos dois ex-presidiários na busca por uma nova vida, a dor e o lirismo da bailarina, uma garota cujos pais foram vítimas da ditadura chilena...
Outros abusos cometidos por Pinochet contra o povo chileno são aludidos, às vezes simbolicamente, mas não devem ser comentados em respeito aos que ainda não viram o filme.
El Baile de la Victoria é um filme inteligente, com uma trilha sonora fundamental para o desenrolar da história e cenas plasticamente bonitas.


A 'crítica' apontou muitos clichês: o ladrão arrependido, o talento oculto pelo trauma, o personagem simpaticamente inocente, além de aspectos técnicos repreensíveis como sentimentos e pensamentos verbalizados apenas para ocupar a cena com diálogo. 
E talvez seja isso mesmo que faça, no final das contas, o filme agradar.
Veja o trailer aqui


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