julho 24, 2011

Sem pausa nem esperança

No ensaio O Mito de Sísifo,  Camus introduz sua filosofia do absurdo:  a do homem fútil em busca de sentido, unidade e clareza diante  de um mundo ininteligível desprovido de Deus e eternidade. 
Sísifo representaria o ser que vive a vida ao máximo, odeia a morte e é condenado a realizar uma tarefa sem sentido, inútil e sem esperança por toda a eternidade: ter que empurrar, sem descanso, uma enorme pedra até o alto de uma montanha de onde ela rolaria encosta abaixo e deveria ser empurrada novamente até o alto, numa repetição monótona e interminável através dos tempos. O inferno de Sísifo é a trágica condenação a algo que a nada leva. Não seríamos todos Sísifos?
Segundo Camus: "A própria luta em direção às alturas é suficiente para encher o coração de um homem".
E nos aconselha a imaginar Sísifo feliz!

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