julho 20, 2011

Caligrafia


Leio estarrecida na coluna do Marcelo Coelho (na Folha) a "boa notícia para as crianças americanas” de que escrever em letra cursiva vai ser optativo nas escolas.
Aposenta-se o caderno de caligrafia para ensinar digitação!
Por enquanto acontece por lá , infelizmente não demorará a ´macaquearmos` mais este absurdo. Depois do fim do papel, o fim do lápis e da caneta! Ora, a letra de uma pessoa é como o seu rosto: todos iguais, mas cada um diferente.
Segundo a grafologia, que ultimamente ganhou ares de ciência e vem sendo usada até em processos de seleção por grandes empresas, a letra pode revelar a alma de uma pessoa. Pela caligrafia seriam detectados candidatos incompetentes, preguiçosos ou desonestos. Sabendo ler, na letra de uma pessoa se pode encontrar traços de generosidade, avareza, sofisticação, simploriedade, constância e frivolidade. A letra cursiva é a expressão do que somos. Sutilezas como interrupções bruscas, torções ou inclinações acentuadas podem conter revelações inimagináveis e um erro de ortografia revela verdades que a assepsia da tela branca do Word se esforça em ocultar...

Idiossincrasias à parte, pode-se até considerar  falta de educação ter uma letra feia demais....
Ou estaria exagerando? 

Um comentário:

Ruy Neto disse...

A criançada de hoje "desenha" letra por letra e a dificuldade (e a lentidão) de se escrever está nitidamente acentuada. Logo não saberão nem deixar um bilhete pedindo para a diarista deixar uma roupa passada...