março 26, 2011

Viajar é uma aventura da alma



Quando penso em visitar um país (ou uma cidade) incluo no projeto leituras relacionadas. Não só  informações turísticas e culturais, guias de sobrevivência, blogs,  um pouco de história, bem como  literatura -  cinema,  desde que  possível.*
Assim, no fim do ano passado, ao começar a pensar em ir a Istambul ( viagem que acontecerá no próximo abril)  a leitura óbvia foi o livro homônimo, do escritor turco ganhador do prêmio Nobel (em 2006) Orhan Pamuk . Embora  traga fotografias, reflexões sobre arte e história, a meu ver, não deixou de ser um livro de memórias, de suas memórias. 

Recentemente, deparei-me com O Selo do Sultão de Jenny White. A autora tem diversas obras não ficcionais (este é o seu primeiro romance) sobre a sociedade e a política da Turquia. 

 O Selo do Sultão tem lugar no panorama cultural e histórico da Turquia do século XIX . As referências (orelhas e contracapa) permitem que se espere um breve aprofundamento na milenar e maravilhosa cultura turca,  uma confluência de tradições árabes, armênias e bizantinas. 

No entanto, a trama se desenrola em torno da morte, em  circunstâncias inexplicáveis, de duas preceptoras inglesas do palácio real. Uma delas portava uma jóia com a marca exclusiva do sultão (daí o título). 

 Quem gosta de mistérios policiais vai ter prazer em se distrair com o livro. Cheguei ao 'meu' suspeito tão logo este apareceu em cena. Tem todo o estereótipo. Ainda não se confirmou como sendo o assassino pois são 389 páginas e li apenas 125. Para o seu genêro, até que não é um mau romance.... 
Acontece que  nele também não encontro  o cheiro das especiarias, a textura das sedas e o turbilhão de sentimentos que isto em mim desperta.  A autora  não explora a beleza, a magia, os mistérios de Istambul (toda cidade tem seus mistérios, que o diga o Zafon que tão bem explorou os de Barcelona). 
Meu 'faro' é bom, mas  as vezes  falha... 
* BAL (trailer)

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