Quando penso em visitar um país (ou uma cidade) incluo no projeto leituras relacionadas. Não só informações turísticas e culturais, guias de sobrevivência, blogs, um pouco de história, bem como literatura - cinema, desde que possível.*
Assim, no fim do ano passado, ao começar a pensar em ir a Istambul ( viagem que acontecerá no próximo abril) a leitura óbvia foi o livro homônimo, do escritor turco ganhador do prêmio Nobel (em 2006) Orhan Pamuk . Embora traga fotografias, reflexões sobre arte e história, a meu ver, não deixou de ser um livro de memórias, de suas memórias.

Recentemente, deparei-me com O Selo do Sultão de Jenny White. A autora tem diversas obras não ficcionais (este é o seu primeiro romance) sobre a sociedade e a política da Turquia.

Recentemente, deparei-me com O Selo do Sultão de Jenny White. A autora tem diversas obras não ficcionais (este é o seu primeiro romance) sobre a sociedade e a política da Turquia.
O Selo do Sultão tem lugar no panorama cultural e histórico da Turquia do século XIX . As referências (orelhas e contracapa) permitem que se espere um breve aprofundamento na milenar e maravilhosa cultura turca, uma confluência de tradições árabes, armênias e bizantinas.
No entanto, a trama se desenrola em torno da morte, em circunstâncias inexplicáveis, de duas preceptoras inglesas do palácio real. Uma delas portava uma jóia com a marca exclusiva do sultão (daí o título).
Quem gosta de mistérios policiais vai ter prazer em se distrair com o livro. Cheguei ao 'meu' suspeito tão logo este apareceu em cena. Tem todo o estereótipo. Ainda não se confirmou como sendo o assassino pois são 389 páginas e li apenas 125. Para o seu genêro, até que não é um mau romance....
Acontece que nele também não encontro o cheiro das especiarias, a textura das sedas e o turbilhão de sentimentos que isto em mim desperta. A autora não explora a beleza, a magia, os mistérios de Istambul (toda cidade tem seus mistérios, que o diga o Zafon que tão bem explorou os de Barcelona).
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