março 23, 2011

A perfect waiter

Um Criado Exemplarna versão portuguesa, é o  romance do suíço Alain Claude Sulzer que acabo de ler. O estilo, os idênticos conceitos de sublimação, assim como os detalhes com que nos introduz no universo de seus personagens nos remete (intencionalmente?) à escrita de Thomas Mann. 
Não bastasse isso, Julius Klinger, escritor alemão que fora obrigado a deixar a Alemanha em 1936, hospedando-se em Giessbach antes de exilar-se nos EUA e retornando mais tarde à Suíça, está no centro da trama, evidenciando que aspectos da sua vida foram aproveitados nesta história, que começa com um gancho clássico: em 15 de setembro de 1966, Erneste recebe uma carta de alguém que não vê há 30 anos...
A carta será aberta 15 páginas depois, enquanto se desenrola a narração inquietante da vida de Erneste como o garçom perfeito do título e nos mantém completamente intrigada para saber o que há na carta.
Erneste passou 30 anos à espera, enquanto continuava a trabalhar  no luxuoso hotel encastelado às margens de um lago suíço.
Durante todo este tempo sua vida  seguiu meticulosa e calma até a chegada da carta que suscita as memórias do verão de 1935. Os hóspedes atendidos pelo, então jovem, garçom não são meros turistas, mas a primeira onda de refugiados endinheirados que fogem da ascensão de Hitler. Dentre eles Julius Klinger e sua família.
Por ser mais experiente,Erneste Anschluss foi designado para receber e treinar o novo membro da equipe, o jovem Jakob Meier, alemão e muito bem parecido com quem passa a compartilhar o mesmo quarto,  na água-furtada. Do  coup de foudre, o idílio apaixonado e contido à traição  
e a perda irreparável...


Nota: Vc que está a ler simultaneamente, prossiga!

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