março 23, 2011

Liz Taylor

Nascida em Londres, em 1932, de pais norte-americanos, ela retornou para os EUA no final da Segunda Guerra.
Elizabeth Taylor morreu nesta quarta-feira, aos 79 anos, rodeada por seus quatro filhos depois de passar seis semanas internada com insuficiência cardíaca. 
"Minha mãe era uma mulher extraordinária que viveu a vida ao máximo, com muita paixão, humor, e amor. Apesar de sua morte ser devastadora para aqueles que a mantiveram tão próxima e de forma tão querida, sempre seremos inspirados por sua contribuição duradoura ao nosso mundo", disse  o  seu filho  Michael Wilding.
 Em 1963, ficou famosa no  papel de Cleópatra  que passou a ter a sua cara. Recebeu o Oscar pelos filmes   Quem Tem Medo de Virginia Woolf e Disque Butterfield 8 .   Foi indicada por sua atuação em  De Repente, no Último Verão, Gata em Teto de Zico Quente e A Árvore da Vida.  Dos  seus  oito casamentos, alguns foram  com Richard Burton. 


"Beleza e fama nunca foram um fardo para Elizabeth Taylor. Mas, em sua carreira, a combinação desses fatores talvez tenha atrapalhado o reconhecimento de Liz como a grande atriz que foi.
Estrela mirim que estreou no cinema aos nove anos e que nunca teve um treinamento formal, Taylor se definia como uma atriz intuitiva. Mas isso nunca impediu que ela se tornasse uma intérprete versátil, que se arriscava em papéis que exigiam muito mais que beleza.
Em seu currículo, há uma mulher rechaçada sexualmente pelo marido ("Gata em Teto de Zinco Quente"; 1958) e outra que enlouquece ao ver sua paixão platônica ser literalmente canibalizada ("De Repente, no Último Verão"; 1959).
Existem ainda uma "call girl" com um trauma de infância que pula de um caso para outro ("Disque Butterfield 8"; 1960) e uma intelectual alcoólatra que, em uma noite, decide descer ao fundo do poço ("Quem Tem Medo de Virginia Woolf?"; 1966).
Embora tenha engordado para este papel e de ter passado de menina inocente a mulher voluptuosa ao longo dos anos, Taylor não era uma atriz camaleônica.
Seu método era emprestar um pouco de sua atribulada história pessoal a cada um desses personagens.
O sujeito ia ao cinema ver a beleza de Taylor e acabava trombando com aqueles personagens densos dos dramas psicológicos de Tennessee Williams ou Edward Albee.
Ou seja, ela também cumpriu uma função social: ajudou a popularizar esses e outros grandes autores.
Durante 15 anos de carreira, Taylor foi a encarnação mais concreta de um conceito abstrato: a estrela de cinema. Alguém com uma beleza quase sobre-humana, que sabia atuar, que escolhia bem os filmes e que arrastava multidões aos cinemas com seu carisma.
Claro, houve vários filmes ruins no caminho, sendo "Cleópatra" (1963) o mais problemático deles. E o fato é que, a partir de "Virginia Woolf", os momentos de brilho se tornaram mais raros.
Mas basta voltar para seus grandes filmes das décadas de 50 ou 60, os anos de ouro de sua carreira, para lembrar como a combinação de beleza e talento pode chegar à potência máxima no cinema".

RICARDO CALIL
Nota: Trechos de seus melhores filmes.

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