junho 30, 2010

A flor mutilada



O filme Flor do deserto conta a história da top model somali (Waris Dirie) denunciando uma prática cruel - a mutilação genital de meninas - que até hoje continua a acontecer não só na África, mas nos EUA e na Europa. O roteiro é baseado no livro que Waris (hoje com 45 aanos) escreveu sobre sua vida (“waris”, em somali, quer dizer “flor do deserto”). Depois de fugir de casa, atravessar o deserto a pé e encontrar sua avó na cidade grande, foi para Londres fazer faxina na Embaixada da Somália. Para náo retornar ao seu país, passa a viver ilegalmente em Londres onde, com a ajuda de uma vendedora de roupas, arranja emprego em uma lanchonete onde vem a ser descoberta por um fotógrafo de moda. Já famosa, ao narrar para uma jornalista "o dia que mudou sua vida" , o da sua trágica mutilação, choca o mundo e é convidada a ser embaixadora da ONU para a causa.
O filme é bonito, com cores fortes e belíssimas cenas do deserto. Quem faz o papel de Waris é Liya Kebede, top model etíope que também luta por uma causa nobre – a promoção da saúde materna e infantil. Sally Hawkins faz a estereotipa Marilyn, a amiga que a ajuda e repete as mesmas afetações de filmes anteriores. Não convence.
O filme, apesar de triste, merece ser visto.

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