março 18, 2010

DEUS

“Deus”, “imortalidade da alma”, “redenção”, “o além”, todos esses são conceitos ao quais não dediquei nenhuma atenção, com os quais não perdi nenhum tempo, nem mesmo quando criança – talvez eu jamais tenha sido bastante infantil para fazê-lo? – Não conheço o ateísmo em absoluto como resultado, e menos ainda como acontecimento: ele se dá em mim como instinto. Sou demasiadamente curioso, demasiadamente problemático, demasiadamente altaneiro para me satisfazer com uma resposta grosseira. Deus é uma resposta grosseira, uma indelicadeza contra nós, pensadores –, até, no fundo, apenas uma proibição grosseira que nos fazem: não deveis pensar"
NIETZSCHE, "Ecce homo"

Um comentário:

hugo medina disse...

Por tudo isso, Nietzsche passou a viver solitário, discriminado e inquieto, quando passou a escrever cartas consideradas estranhas, até ser internado na clínica psiquiátrica da Basiléia com paralisia progressiva do cérebro. Perdeu a razão, oficialmente, no início de 1889 e passou os últimos onze anos de sua vida tutelado pela família, vindo a falecer em Weimar, completamente alheio à realidade à sua volta, ao meio-dia de 25 de Agosto de 1900.

"Oh, ABBA, por que me abandonaste!" A resposta está em sua própria obra.