janeiro 21, 2010

Alcázar de Segóvia

Após a queda do Califado de Córdoba, surgiram as Taifas, nome pelo qual são designados os diferentes estados em que foi dividida a Andaluzia. As Taifas, do árabe muluk al-tawa'if, eram divididas em taifas eslavas, taifas berberes e taifas andaluzes. Eram militarmente fracas, mas culturalmente muito ricas e todos os emires ou reis desses estados ergueram palácios magníficos, dos quais o maior exemplo é o famoso Alhambra de Granada. Também durante a Idade Media tardia os reis cristãos sentiam-se fortes e seguros em suas terras e puderam dar vazão a um estilo de vida luxuoso, construindo lindos castelos para sua moradias.
O Alcázar de Segóvia é uma fortaleza de pedra, que se ergue em um rochedo acima da confluência dos rios Eresma e Clamores, perto das montanhas de Guadarrama e é um dos mais inconfundíveis castelos-residência construído na Espanha graças a seu feitio – a proa de um barco. Foi construído inicialmente como fortaleza, depois adaptado para residência real; ao longo dos tempos foi prisão do Estado, Colégio Real de Artilharia e depois Academia Militar. A primeira referência à sua construção data de 1120, uns 30 anos após a retomada da cidade de Segóvia pelos cristãos. Contudo, há evidências de que ali já havia uma fortificação romana, teoria comprovada pela existência em Segóvia do famoso Aqueduto Romano.
Foi uma das residências favoritas dos reis de Castela e peça chave na defesa desse reino; a coroa de Castela foi quem ampliou e transformou o Alcázar na maravilha que é. Em 1258, partes do castelo foram reconstruídas por Afonso X de Castela, após um desmoronamento, e logo depois ergueram o Salão dos Reis para abrigar o Parlamento. No entanto, quem mais contribuiu para a ampliação do castelo foi João II, que construiu a Nova Torre, conhecida como Torre João II em nossos dias. Em 1474, o Alcázar teve papel fundamental na vitória de Isabela I de Castela sobre a pretendente portuguesa ao trono de Castela. Mal a notícia da morte de seu irmão Henrique IV chegou a Madrid, Isabel se refugiou em Segóvia e foi ali que foi coroada rainha de Castela e Leão. Foi também ali que se casou com Fernando II de Aragão. Houve outras reformas, mas a mais importante foi feita por Felipe II depois de seu casamento com Ana de Áustria. Foi ele quem mandou erguer as altas torres em espiral que adornam o Alcázar.
Em 1953, foi criado o Patronato do Alcázar de Segóvia, responsável por esse que é um dos mais visitados monumentos históricos da Espanha.


O texto é do blog do Noblat (link no título)

Um comentário:

Valéria Santos disse...

Belissimas fotos, sobretudo aquela da menina sapeca e sorridente que surge por detrás da árvore.