novembro 01, 2009

Ópera


Como descrever uma forma de arte associada a enredos complexos, letras incompreensíveis, orquestrações arrebatadas, estilo afetado de representação, encenações exóticas e intérpretes temperamentais?
Isto é o que faz a ópera ser considerada extravagante por muitas pessoas.
No entanto, é difícil esquecer o momento em que a ópera entrou na nossa vida. Quer tenha sido por um magnífico coro ouvido no rádio, ao acaso, a emoção sentida ao assistir a um espetáculo ao vivo ou mesmo, vá lá, na TV.
Cheguei a ópera, ou ela chegou a mim, por uma via diferente. Comecei, ainda muito criança, no sertão do Ceará, a ouvir nos discos de cêra de meu pai, a Maria Callas. Ele se referia a ela como uma magnífica 'soprano'. Ao meu redor, as pessoas tinham um vício de linguagem que tirava o 'd' das palavras como 'soprando'. Afinal, eu me perguntava, ela era 'soprando' ou 'soprano'? O que siginificava isto, nem o que era uma ária, ninguém achava que tinha que explicar a uma criança. Assim segui pela vida afora...Mas os registros auditivos permaneceram.
Hoje eu diria que ópera é uma experiência emocional. A sua essência dramática não pode ser subestimada: música, letra e história juntam-se para dar expressão a sentimentos fortes como amor, traição, dor ou alegria. O artista polones RAFAL OLBINSKI deu seu toque surrealista aos posters das óperas mais populares e, por isso mesmo, facilmente identificáveis nestas interessantes imagens.

Nenhum comentário: