setembro 11, 2009

Viagem sem volta

A única época da nossa vida em que gostamos da idéia de ficar velho é quando somos crianças.
Se você tem menos de 10 anos está tão excitado sobre envelhecer que pensa em frações.
"Quantos anos vc tem?"
- "Tenho quatro e meio!"
Você nunca terá trinta e seis e meio. Você tem quatro e meio, indo para cinco!
Este é o lance!
Quando você chega à adolescência, ninguém mais o segura. Você pula para um número próximo, ou mesmo alguns à frente.
"Qual é sua idade?"
- "Eu vou fazer 16!"
Você pode ter 13, mas ('tá ligado?') vai fazer 16!
E aí chega o maior dia da sua vida! Você completa 21! Até as palavras soam como uma cerimônia:
"ESTOU FAZENDO 21!!!Uhuuuuuuu!
Mas então você 'se torna' 30. Ooooh, que aconteceu agora? Isso faz você se sentir como leite estragado! Não tem mais graça agora. O que está errado?
O que mudou?
Você COMPLETA 21, 'SE TORNA' 30, e está 'EMPURRANDO' 40.
Putz! Pise no freio, tudo está derrapando!
Antes que se dê conta, você CHEGA aos 50 e seus sonhos se foram...
Mas, espere! Você ALCANÇA os 60, nem achava que poderia!
Assim, COMPLETA 21, 'SE TORNA' 30, 'EMPURRA' os 40, CHEGA aos 50 e ALCANÇA os 60.
Pegou tanto embalo que BATE nos 70!
Depois, a coisa é na base do dia-a-dia; 'Estarei BATENDO aí na 4ª feira!'
Se ENTRA nos 80, cada dia é um ciclo completo: vc bate no lanche, à tarde se torna 4:30h, alcança o horário de ir para a cama. E não termina aqui. ENTRADO nos 90, começa a dar marcha à ré.
"Eu TINHA exatos 92."
A partir daí acontece uma coisa estranha. Se passa dos 100, se torna criança outra vez.
'Eu tenho 100 e meio!'

George Carlin

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