janeiro 14, 2009

Na praia

Finquei minha maravilhosa cadeira/espreguiçadeira nas areais do Jurerê às 9 horas . Mesmo considerando o horário de verão, o sol estava tinindo e uns 70% do espaço já estava ocupado. Em “ mesa de pista”, me detive a assitir o desfile dos que fazem caminhadas na pequena faixa de areia (em declive - nada pode ser mais desaconselhável). Sunga ou biquini/maiô + tênis é uma combinação com a qual nunca me acertei, mas sempre tem adeptos. Na variedade de formas, idades e roupas se entrevê estilos de vida, hábitos alimentares, origens...
O “ Diário” de ontem alardeou em manchete que a quantidade de argentinos por aqui superava as expectativas. De fato, à tarde no supermercado não se ouvia português. Não faço idéia de como essa “ crise” repercute por lá. A presença deles por aqui sempre foi o termômetro da economia, cujas flutuações sempre são mais visíveis do que as nossas. Numa delas amarguei um bom tempo para vender um imóvel, em virtude do excesso de ofertas. Eles haviam colocado à venda suas residências de veraneio. Quando começam os “panelaços” por lá já se sabe que respingará aqui. Ainda que os catarinenses colecionem piadas de argentinos, eles são sempre bem-vindos pois deixam dinheiro...
Voltando à praia. Não demorou para que a revista dos corpos se tornasse monótona. Deixei-os em paz e fui para o meu livro.
Pouco tempo depois, me dei conta do quanto havia aumentado o número de pessoas, enquanto estive distraída. Do meu lado, “instalaram-se” duas famílias francesas: uma delas com criança e outra com a sogra que não era a avó. Sem detalhes, mas imagens como as que vi é que me fazem acreditar que o amor existe. E é cego!
Picolé de limão, água de côco, água água, nada deu jeito. Tinha que dar um mergulho. Escolhi um casal que estava um pouco mais atrás para “ dar uma olhada” na minha bolsa. Ela estava me observando há algum tempo...Uma delícia a água. Na volta, pretendia esticar a cadeira e deitar de bruços...Mal cheguei da água, a criatura “baixou” ao meu lado e conversou mais de uma hora. Tive que ir embora.
A caminho do estacionamento passei pelo medidor de UV que marcava 30. Pensei que estava empate com o meu protetor. Fiz a foto e em seguida verifiquei haver alterado para o nível 50. Ao chegar em casa constatei que a minha foto registrou o momento da alteração, ou seja, não marca nada.
Estava mais para os 50 mesmo ....

Um comentário:

Anônimo disse...

Zélia, por dinheiro nenhum eu fico sob o sol, seja aqui nas praias da Fuxtaleza, seja às margens do Danúbio em Viena d'Áustria. Depois dos mais de quarenta nevos que tive de tirar, entendi o que é a memória da pele. E por sorte que não havia nada de ruim neles. Não sigo as indicações dos protetores, prefiro ir pelas dos dermatologistas e enfrentar a realidade dos horários de sol para as crianças. Voltei a ser uma. Beijos do TL