novembro 30, 2008

Voltando ao Beaujolais

Sobre a postagem do dia 22/11, além dos comentários, recebi e-mail e fui abordada por uma amiga que queria saber mais a respeito, se seria apenas marketing...
Resolvi voltar ao tema, mesmo porque na postagem anterior o link está em frances!
O Beaujolais Nouveau é um vinho de vida efêmera, enquanto seu sabor é leve o seu marketing é realmente bem encorpado. Não há como fugir desta verdade.
Produzido com uvas gamay francesas, boa parte de seu encanto reside em seu caráter perecível, embora tenha paladar perfeitamente agradável. Graças ao período de fermentação mais curto a que é submetido, é mais leve e apresenta um sabor de fruta mais pronunciado do que os Beaujolais genéricos.
A curta vida útil desse vinho força os distribuidores a inventar maneiras engenhosas, quase acrobáticas, de vender a safra antes que perca seu encanto juvenil.
Do sul da Borgonha começou a conquistar o mercado do França, as lojas passaram a colar nas vitrines cartazes anunciando: Le Beaujolais Nouveau est arrivé logo nas primeiras horas do primeiro dia de venda permitida, a terceira quinta feira de novembro.
Em três semanas, esse vinho que envelhece mal fica muito difícil de vender na França e só dura um pouquinho mais nas adegas do exterior. Na maioria dos restaurantes franceses, a vida útil do vinho é de apenas quatro dias.
Grande parte da produção francesa é exportada para uns 150 países, onde as embaixadas da França e os importadores organizam festas na terceira quinta feira de novembro.
Boa parte do seu charme reside no bouquet agradável e no sabor leve, sem acidez. O preço também ajuda. Para alguns, o vinho tem gosto de licor de groselha...o que, para outros, seria uma injustiça tal comparação. Apesar de todo o carnaval publicitário que cerca o vinho, uma de suas virtudes principais é a despretensão.
No nosso clima tropical, deve ser tomado levemente gelado.
Em resumo, é isto!

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