novembro 17, 2008

RICHARD FRANCIS BURTON

No verão passado peguei emprestado de um amigo a biografia deste homem cuja vida, de tão espetacular, nos faz pensar estar diante de um personagem de ficcção. No momento em que vou devolvê-lo,(hábito saudável que devia ser mais cultivado), registro o quanto foi interessante a sua leitura.
Não se trata do ator, mas de outro ingles SIR RICHARD FRANCIS BURTON, nascido em 1821, que tinha como profissão: "Viajante, Cônsul e escritor". Um aventureiro intrépido, intelectual brilhante, este explorador, antropólogo, erudito, poeta, espião e espadachim, dominava 29 idiomas e fascinava o público com suas peripécias em cenários exóticos.
Dentre os seus feitos notáveis está a descoberta da fonte do rio Nilo e a tradução de obras de várias línguas, inclusive Os Lusíadas, de Camões, para o ingles. Sua versão de As Mil e Uma Noites (ou As Mil Noites e Uma Noite, como preferia), virou uma das mais conhecidas – e ousadas – do Ocidente. As traduções de tesouros desconhecidos da literatura erótica, como O Jardim Perfumado e o Kama Sutra, tornaram-se famosas tanto pela qualidade quanto pelo escândalo que causaram na sociedade vitoriana. Em suas andanças pelo mundo acabou vivendo alguns anos no Brasil, em Santos.
Sobreviveu à ferimentos espetaculares, como os provocados por uma lança atravessada em seu rosto. Perguntado pelo médico: "Como o senhor se sente quando mata um homem?" ele respondeu: "Bastante bem. E você, doutor?
Burton morreu de velho. E passou à história como o protótipo do aventureiro temerário e refinado, que citava Homero entre golpes de espada e tiros de fuzil.
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