novembro 14, 2008

FATAL


Desde maio, quando li "O Animal Agonizante" (v.literatura) que espero para assistir Elegy (FATAL). Filmes como este demoram a chegar aqui na ilha. Nem nas locadoras são encontrados. Apesar de o número de salas de cinema haver quintuplicado nos últimos dois anos, este crescimento foi, meramente, quantitativo. A falta de opções persiste. Nas novas salas são exibidos quase exclusivamente filmes "blockbusters"...
Finalmente, esta semana vi numa cópia emprestada por uma amiga. A adaptação do romance de Philip Roth, um dos principais escritores americanos contemporâneos, nas mãos de Isabel Coixet, não poderia mesmo ter resultado no que disse a crítica da FSP que nem vale a pena repetir.
O filme é poético e triste, indo muito além do superficial em todas as relações e personagens que apresenta. Tudo e todos são bem explorados, de forma sensível e tocante. A direção de Isabel Coixet encontra a sutileza necessária para tratar de sentimentos pessoais, como a difícil relação entre pai e filho, a partir do belíssimo e bem estruturado roteiro de Nicholas Meyer.
Trata-se da história de um importante crítico, professor de literatura em Nova Iorque, que depois de uma vida inteira de relações amorosas descompromissadas, se vê perdidamente apaixonado pela jovem aluna cubana, Consuela, vivida por Penélope Cruz.
Digna de registro a atuação de Ben Kingsley, como o sedutor professor Kepesh. Traduz perfeitamente todas as nuances do complexo personagem e suas intrincadas relações.
Gostei dos jogos de sedução, dos "códigos" de acasalamento de que ando meio esquecida,dos amores adultos ...
Acho que todo mundo deve assistir!

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu adoro o Ben. Embora tenha morrido de ciúmes dele com a Jennifer Conelly (brincadeira) no trágico "Casa, alguma coisa (!!!) e areia". Ah, a memória.

Pois bem, gostei da indicação e tá devidamente agendado. E bom fim de semana pra ustedes, colaboradora-mor.