outubro 09, 2008

FAÇO VOTOS

"Faço votos para que os eleitores deste Rio de Janeiro tão lindo e tão maltratado percebam, neste segundo turno, que promessas e intenções declaradas em campanha só têm credibilidade quando respaldadas por uma história de vida. Qualquer um pode dizer "eu sou". Muito poucos podem dizer "eu fui". Da mesma forma o "eu vou fazer" diz muito menos do que o "eu fiz".
Faço votos para que os eleitores atentem para o fato inédito de um dos candidatos ter condicionado sua candidatura a uma carta branca que lhe permitisse escolher seus auxiliares - se eleito - por um critério de competência e não por indicações políticas dos partidos que o apoiaram. Tem sido assim, não é? E como resultado constatamos ser a incompetência ainda mais danosa que a corrupção, concorrendo ainda para que esta ocorra. Acreditem! Os prejuízos por ela causados são incalculáveis e seus efeitos perversos atravessam décadas.
Faço votos para que estudem com atenção as propostas deste candidato. Nelas não se faz presente o impossível nem as promessas vãs. Como exemplo: todos nós, é claro, ansiamos por segurança. Mas é possível garanti-la na esfera municipal? Claro que não. No entanto é possível a atuação da Prefeitura numa ação de inteligência que municie com informações valiosas àquelas esferas que têm por dever nossa proteção, possibilitando a adoção de medidas que não sejam meramente pontuais e conjunturais. Isto é prometer o possível. A recondução do Rio ao papel de capital cultural é mais que possível. Ações coordenadas nas áreas de educação, saúde, saneamento e infra-estrutura também são e se conduzidas com competência e pé no chão também terão impacto na área de segurança.
Faço votos para que observem neste candidato a ausência do ódio, do revanchismo, do vociferar, da postura histriônica quando em frente às câmeras e a presença da intervenção firme, corajosa e respeitosa com que sempre ocupou a tribuna ou participou de comissões parlamentares. Nunca jogou para platéia. Jogava para o Brasil. Como sempre o fez, desde muito jovem.
Faço votos para que pessoas como eu - velhas ou terceira idade se preferem - não se abstenham de votar. A Lei não nos obriga, é fato. Mas a gente deveria se obrigar, não é? Pode ser que não se veja pessoalmente o resultado, mas os filhos e netos verão. Não é assim construído o futuro? Conhecemos, ao contrário dos jovens, uma época em que existiam políticos mais sérios. Não eram exceções como este de quem vos falo. E, por que sabemos das coisas podemos dar o exemplo.
Vamos lá. Ainda é tempo.
Faço votos para que os eleitores não acreditem em milagres. Na esfera administrativa eles não existem. Os resultados quando existem são construídos pela competência, pela cultura, pela ética, pelo trabalho, pela união de esforços, pela disseminação do conhecimento, pela compaixão não piegas por este povo tão sofrido.
E se meus votos forem ouvidos teremos orgulhosamente Fernando Gabeira como Prefeito desta cidade maravilhosa que mais que merece melhores dias, não apenas por ser linda e mundialmente conhecida, mas por ser a nossa casa. E casa da gente é muito importante para que dela façamos uma entrega sem pensar."
Anna Maria Ribeiro, 78, é Analista de Sitemas

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