agosto 19, 2008

PAULA REGO




Esta postagem sobre a obra da artista portuguesa PAULA REGO não tem qualquer relação com a minha temporada em Sampa.Fazia tempo que tentava fazer uma postagem com os seus trabalhos. Só hoje descobri (isto mesmo) como trazer em forma de slides .Os dados pessoais da artista, sugiro que perguntem ao google! Vale a pena conhecê-la. Vejam um pouco do que dizem sobre ela:
"Paula Rego é uma talentosa contadora de histórias que eleva a um nível mais alto a tradicional pintura narrativa, colocando figuras audazes em locais misteriosos e criando imagens que são evocativas e de grande apelo"
O uso estratégico e subversivo da violência, como arma de denúncia política, tanto no campo social quanto privado, é uma constante na estética da artista portuguesa Paula Figueiroa Rego, que em suas obras de impacto, transcreve angustiosas histórias contadas por mulheres. Narrativas que há tempos esperavam para serem expostas e que encontraram, através da pintora, vozes para se tornarem públicas
."

As reflexões que Paula Rego faz sobre um de seus trabalhos mais expressivos, Mulher-Cão: "Mulher-Cão é a coisa que eu tenho mais orgulho de ter feito, porque é uma mulher sozinha, mas que ainda morde. Uma mulher só, num canto, contra a parede, que não pode fugir, mas que arreganha o dente e que morde! Morde até ao fim, luta até ao fim, apanha pancada, mas lá vai lutando sempre! E depois, essa "Mulher-Cão" apareceu, "apareceu-me"! Essas coisas acontecem, não é? E então eu pensei, esta mulher vai levar-me a sítios onde eu nunca fui, vai ser o meu guia. E assim foi. E comecei através da "Mulher-Cão" a tocar partes da minha vida que eu não tinha tido nunca coragem, nem oportunidade de fazer, nem sabia como lá chegar. Mas com ela, lá fui fazendo: o "Bad Dog", a humilhação, o amor, a lealdade e a submissão cúmplice das mulheres, um certo masoquismo das mulheres, no amor e na traição … O casamento é uma espécie de mortalha, não é? É a "mulher-bicho" que tem força através da sua animalidade, é a parte física, dos instintos, que é muito importante! O silêncio tácito das mulheres, a sua "endurance" e o seu sentido de honra”.

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