abril 25, 2008

PORTUGAL

Em 25 de Abril de 1974, em Portugal, a Revolução dos Cravos derrubou a ditadura de Salazar que já estava no seu 48º ano. Ela ganhou esse nome por causa da distribuição de cravos vermelhos aos capitães rebeldes.
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“Grândola, vila morena”
Os integrantes do MFA (Movimento das Forças Armadas), composto por capitães do exército português, aguardavam uma mensagem em código. Quando às duas horas do dia 25 de abril de 1974, a Rádio Renascença colocou no ar a música de Zeca Afonso “Grândola, vila morena”, que falava em fraternidade, igualdade e em um estranho lugar onde “O povo é quem mais ordena”, os regimentos aquartelados nos arredores de Lisboa, em estado de prontidão, sabiam do que se tratava.
Quando o dia amanheceu, já ocupavam o Terreiro do Paço sem fazer um só disparo. Os lisboetas, estupefatos, começaram a se aproximar dos tanques e dos caminhões. Não sabiam bem do que se tratava. Viram que as armas não apontavam contra eles mas contra os prédios do arcaico regime. A euforia da multidão então começou.
A REVOLUÇÃO DOS CRAVOS
Quando as vendedoras de flores chegaram ao Rossio, o gesto delas foi espontâneo: enfiavam cravos vermelhos na ponta dos fuzis. Que diabos de revolução era aquela? Não se ouviam canhonadas nem gritos de dor. O povo, endoidecido pela súbita lufada de liberdade, subia nos tanques e abraçava os soldados. Mulheres, crianças, velhos, todo mundo saiu de casa para celebrar aquele acontecimento extraordinário. A Lisboa dos tristes fados, naquele dia tornou-se a cidade mais alegre de toda a Europa
Assim, democratizando-se, Portugal iniciou o seu caminho de volta para ser reintegrado ao concerto das demais nações européias.
Chico Buarque - TANTO MAR “Foi bonita a festa, pá”.

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