
Sem dúvida, uma das peças mais interessantes do Festival de Curitiba que se encerrou ontem. O Colecionador de Destinos foi encenada num lugar que não podia ser mais adequado: o museu ferroviário. Num ambiente onde autênticas chegadas e partidas já definiram muitos destinos.
O texto de Maria Inés Gutierrez(que também atua), nos remete à “viagem” da nossa vida e às suas diversas “estações”:caminhos, desvios, desejos, encontros...ou a falta deles.
A reflexão sobre o destino, a possibilidade (ou não) de alterá-lo, o que já fizemos de nossas vidas e o que faríamos se pudéssemos alterá-la é levada ao extremo quando, no fim do primeiro ato, o público ao se deslocar para outra sala, passa pelo guichê da antiga Estação Ferroviária e recebe um "bilhete” contendo a indagação: o que vc. deseja como destino?
As respostas são colocadas na caixa onde seriam recolhidas as “passagens” e , num dado momento do final, são lidas, inclusive por algumas pessoas da platéia, que assim interagem com os atores, expressando suas emoções.Muito lindo mesmo! Merece voltar para uma temporada mais longa, uma vez que a peculiaridade do espaço onde acontece, não comporta mais do que umas 20 pessoas a cada sessão.
3 comentários:
Interessante a interação de público e atores. Desejos realizados, a se realizarem, impossíveis, são o pouco do que somos, extensão material daquilo que não é corpo.
Parabéns a bela Inês!
"Impressionantemente" maravilhoso ... e os armários da nossa vida como estão? Cheios, vazios, superlotados ou com lacunas?
Um espetáculo que vale a pena ser revisto e aplaudido!
Pois é Jamico, nem comentei a metáfora dos armários que tb é mto interessante. Fica o seu registro.
bjos
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